Posted in
Um dia todo mundo surta e é claro que eu surto também.
Em um universo caótico, surtei, surtei em pleno horário de almoço.
Pra uma dor me tirar do sério, imagine o tamanho que ela tem. Não sou de reclamar, todo mundo sabe disso, então se chego a reclamar que está doendo... a coisa está totalmente descontrolada. Acordo com vontade de tirar o pé fora pra ver se ele para de doer. Com isso também tenho outro problema: fico sem conseguir andar que é algo irritante pra mim. (Odeio salto alto por isso, me limita na capacidade de andar).
Então, além da dor o telefone toca, escuto um monte de desaforos! Tenho que aguentar até um porteiro revoltado qu eo problema ia sobrar pra ele também. Atendo o telefone de novo e mais um chilique...
Não se perca nas contas: temos dor e chiliques na balança.
Acordei tarde, ontem tombei depois do remédio, então some também um bom tanto de sono, que me tira totalmente a capacidade de pensar rápido pra resolver um problema. Que dirá dois ao mesmo tempo...
Que legal, minhas comissões ficaram para o pagamento de fevereiro! (custava me avisar que isso ia acontecer?). Agora só tenho grana pra pagar a faculdade...
Vamos somar tudo de novo? dor, chilique, sono e sem grana.
Mas não basta só isso né? Sempre dá pra complicar muito mais! Soma um pouco de solidão, saudade de alguém que vc ame e falta de alguém pra conversar no seu momento de crise...
É, agora ferrou de vez... dar de cara com a Dona Solidão em plena sexta feira era o que faltava...
Mas não falta mais... desabei...
Fui almoçar, ainda tentei conversar mas não deu muito certo, acabei chorando enquanto comia, na mesa de sempre, com a comida sem graça de sempre... um ano comendo no mesmo lugar dá nisso...
Enquanto chorava... me torturei... afinal é muito complicado não ser "aquela pessoa especial", não ser "a" pessoa... você lembra que apesar do que possa significar, na vida real você não encena a peça, fica lá nos bastidores, ensaiando, mas seja realista Carolina... ao menos uma vez: nessa peça eu nunca vou estrear... serei sempre a moça que sabe as falas, que serve bonitinho no figurino da atriz principal, mas que não vai deixar de ser, nunca, a moça dos bastidores e pronto...
Pra relaxar, fui buscar um cd pra ouvir na radio da uol e leio a reportagem de Rodrigo Bertolotto, Consumidor abraça geladeira, e lojista faz aeróbica de madrugada em megaliquidação... Se não bastasse o vídeo:
"No alto-falante toca "Maria, Maria", de Milton Nascimento, com o verso "uma gente que ri quando deve chorar/E não vive, apenas aguenta". Essa gente entra no magazine e dispara entre corredores e gôndolas. Abraça geladeiras como se fosse um parente que não vê faz tempo. Na seção de televisores, as pessoas ficam com a mão nas telas como se tivessem tocando a imagem de um santo, mas a função do gesto é marcar que o produto é seu."
Nessas horas respiro fundo e lembro: "Carol, nunca se sabe o dia de amanhã" . Minha vida é um tédio mesmo... porque infelizmente sei como será meu dia de amanhã...
No fim de semana vou me internar, ficar offline e sumir...
Comments (0)
Postar um comentário